A maior parte dos postulantes ainda não sabe quem será seu companheiro
de chapa
Priscila Krause (DEM) está em
negociação para definir quem será seu companheiro de chapa na briga pela
prefeitura do Recife
Cecília Sá Pereira
Dos oito pré-candidatos à prefeitura
do Recife, apenas dois têm a situação do futuro companheiro de chapa
encaminhada. O atual prefeito, Geraldo Julio (PSB), tende a concorrer à
reeleição com o vice Luciano Siqueira (PCdoB), e o deputado federal Daniel
Coelho (PSDB) já definiu que entrará na corrida eleitoral com o empresário
Sérgio Bivar (PSL), filho do ex-deputado federal Luciano Bivar.
Entre os pré-candidatos, há muita indefinição para a formação da chapa majoritária. Embora rivais, os futuros postulantes a prefeito do Recife estão com o discurso alinhado e afirmam que não têm pressa para escolher seus vices. O discurso embasado pela lógica de que há prazo suficiente para a escolha - as convenções partidárias, em agosto - esconde a dificuldade na concretização das alianças.
“A gente conversou com algumas
pessoas e tem alguns cenários. Queremos uma pessoa que tenha compromisso com o
que a gente vai defender”, diz o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB).
A deputada estadual Priscila Krause
recorreu a uma máxima do ex-senador Marco Maciel, um de seus padrinhos
políticos. “Quem tem prazo não tem pressa”, despista. Para Priscila, a escolha
deve ser resultado de uma aliança programática. Nos bastidores políticos,
cogitou-se que os pré-candidatos Carlos Augusto Costa (PV) e Sérgio Magalhães
(PMN) poderiam abrir mão de seus projetos para ser o vice da democrata. Ela
nega a informação.
A dificuldade do DEM para encontrar um candidato a vice não é de hoje. Em 2012, o hoje ministro da Educação, Mendonça Filho, concorreu à prefeitura do Recife tendo o desconhecido Guarines (PMN) como companheiro de chapa majoritária.
A dificuldade do DEM para encontrar um candidato a vice não é de hoje. Em 2012, o hoje ministro da Educação, Mendonça Filho, concorreu à prefeitura do Recife tendo o desconhecido Guarines (PMN) como companheiro de chapa majoritária.
Carlos Augusto Costa garante que sua
candidatura está consolidada e que tem costurado apoios para fortalecê-la.
“Prefiro não citar com quem tenho conversado, mas posso dizer que há zero de
chance de eu ser vice. Serei a surpresa boa da eleição”, pondera. A reportagem
do tentou contato com o ex-vereador Sérgio Magalhães, mas não conseguiu.
O ex-prefeito João Paulo (PT) não
quis falar sobre as eleições. Há indícios de que ele saia da disputa e o
partido apoie a candidatura de Silvio Costa Filho. Caso o PT entre na briga
eleitoral, o inverso também poderia ocorrer com o PRB na vice do petista. Outra
hipótese é a formação de um chapa “puro-sangue” com a vereadora Marília Arraes,
filiada este ano ao partido, no posto de vice.
O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) também empurra a escolha mais para frente. “Estou focado na formação da chapa proporcional. Tenho conversado muito com integrantes da esquerda social. Quero um vice que esteja incorporado ao nosso programa, que defenda o direito à cidade e o empoderamento feminino”, explicou.
O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) também empurra a escolha mais para frente. “Estou focado na formação da chapa proporcional. Tenho conversado muito com integrantes da esquerda social. Quero um vice que esteja incorporado ao nosso programa, que defenda o direito à cidade e o empoderamento feminino”, explicou.
VANTAGEM - O deputado
federal Daniel Coelho vê vantagens na iniciativa de ter saído na frente dos
demais rivais que querem tomar a prefeitura das mãos de Geraldo Julio (PSB).
Ele anunciou o empresário Sérgio Bivar (PSL), filho do ex-deputado Luciano
Bivar, como seu vice ainda em abril.
De acordo com Daniel, o fato do PSL
estar em processo de transformação – passará a se chamar Livres – é um fator
que gera ainda mais benefícios à sua candidatura.
“O PSL está em transição e está agregando segmentos importantes dentro das universidades. É um grupo que está discutindo uma pauta liberal, que agrega muito na nossa formação de programa de governo, nas ideias que vão ser apresentadas e na elaboração da campanha. Agregou um segmento social que não estava até então na nossa campanha”, diz o tucano.
“O PSL está em transição e está agregando segmentos importantes dentro das universidades. É um grupo que está discutindo uma pauta liberal, que agrega muito na nossa formação de programa de governo, nas ideias que vão ser apresentadas e na elaboração da campanha. Agregou um segmento social que não estava até então na nossa campanha”, diz o tucano.
Os adversários de Daniel Coelho não
falam abertamente sobre a escolha do tucano, mas nos bastidores dizem que ele
não acertou ao convidar Sérgio Bivar. Os rivais do tucano destacam que o
empresário filiado ao PSL não tem identificação com o Recife e garantem que vão
tirar proveito disso na campanha.
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